quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vampire Knight - Your blood is my life (Parte 4)

Ele devia ser uma outra criança estimada à ser uma arma.

- Sou exatamente a raça que devem exterminar - murmurei.
- Não seja hipócrita. Ou se esqueceu à que família pertence? - A voz dele era rude e suave ao mesmo tempo. Falava como um nobre, mas eu sabia que essa não era a realidade. Ele se aproximou de mim. Aparentava ter uns dez anos e o cheiro de seu sangue me estigava. Cobri a boca e o nariz com as mãos e sussurrei ofegante:
- Não se aproxime. - Foi quase inaudível, mas ele ouviu.
Os seus lábios se torceram num sorriso de escárnio, e ele continuou andando em minha direção.
- Pelo seu bem, não se aproxime! - Repeti com a voz mais alta. Novamente não adiantou e ele estava na minha frente. Segurou as minhas mãos com força, para descobrir meu rosto. - Pare com isso!
- Shii.. Meu irmão gêmeo é frágil e está descansando. Não grite.
- Irmão gêmeo? Mas.. você é um caçador.
- Sim. - Ele sorriu e soltou as minhas mãos. - E você também. Aliás, soube que você tinha uma irmã gêmea, como eu.
- Ela morreu antes de nascer. - Cuspi as palavras. - E eu.. Não sou digna de..
- Mesmo que você tenha se transformado, não esqueça da sua humanidade - ele me interrompeu. - De quem você é.
- Como, se só de olhar para você, tenho vontade de matá-lo ?
- Verdade? - Ele sorriu, como se estivesse se divertindo com a frase. Seus olhos brilharam um pouco, ele parecia gostar de brincar com o perigo. - Você.. está se sentindo fraca?
A pergunta me soou tão provocadora que eu ofeguei.
- Sim.. Por isso, afaste-se. - Eu empurrei seu ombro de leve, querendo afastá-lo. Mas ele segurou meu pulso com força e me fitou com curiosidade.
- Eu quero .. - ele começou com a voz fraca - .. que você tome de meu sangue.
Levei um susto com o seu pedido.
A minha sede era tão aguda e suas palavras tão sedutoras que eu o empurrei contra o colchão da cama e me apoiei em cima de seu corpo com movimentos ágeis. Com a ponta da minha língua, delicadamente molhei sua frágil pele e perguntei, a voz baixa, com se entrasse em transe.
- Por quê ?
- Simplesmente quero - respondeu ele, sem vestígio algum de medo na voz. Ele segurou a minha nuca e puxou minha cabeça para seu pescoço.
Furei sua pele com as minhas presas delicada e timidamente. Seu sangue era tão bom que naquele momento senti muito mais que um desejo pelo seu sangue. Era como se um pacto ali se formava, um amor incondicional me unia à ele. Era algo tão forte que fui cuidadosa e não o matei.
Quando me senti plenamente satisfeita, limpei o pouco de sangue que escorria de seu pescoço com a língua e me afastei. Fitei seus olhos, ele estava meio pálido, senti-me culpada.
- Por que não me matou? Não é isso o que queria? - Ele perguntou ofegante.
- Quero ter a oportunidade de beber seu sangue outra vez - murmurei com a voz arrogante próxima a ele.

Ele sorriu de leve, com um pouco de ironia, e me puxou novamente para si, mas dessa vez, tocou os meus lábios sujos de seu próprio sangue com os dele. Kiryuu Zero.. Nunca mais me esqueci do nome marcado no único sangue que me satisfez por completo.



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